domingo, 30 de abril de 2017
quinta-feira, 13 de abril de 2017
DO RÁDIO PRA TV!
Sou questionado quase todos os dias: Edemar o que a
televisão tem que o rádio não tem? IMAGEM. Sim porque os
noticiários que antes os brasileiros acompanhavam pelo rádio hoje essas
informações são apresentadas com imagem.
Os grandes programas de auditório do rádio foram
integralmente copiados pela televisão. E a maioria dos apresentadores da
televisão veio do rádio.
Também nas transmissões e programas esportivos a
televisão copiou “ipsis litteris” o que o rádio sempre fez. A diferença está na
imagem. Elas servem para tirar a emoção dos jogos que só o rádio pode dar.Hoje o rádio pode ser ouvido em qualquer lugar do mundo pela internet a aplicativos.
Antes os erros de arbitragens, os gols, as jogadas
violentas serviam para que as discussões e os comentários entre os torcedores
se estendessem por toda semana. Hoje até isso pouco se vê na roda do cafezinho.
Atualmente quando um jogo termina o assunto já gira em
torno do próximo. O formato dos programas esportivos com noticiário dos clubes,
entrevistas, comentários dos jogos e reprise dos gols foi copiado do rádio. Sem
por nem tirar. Mas, uma coisa jamais baterá o rádio; a narração. Desculpem-me os colegas, mas acho que com 53
anos de narração esportiva no rádio e também na televisão posso analisar de
cadeira. A maioria das transmissões não dá pra aguentar pelos exageros
cometidos de números, estatísticas e às vezes querendo convencer o
telespectador a mudar de opinião sobre a imagem que ele viu. É por isso que o
torcedor abaixa ou tira o volume da televisão, vê o jogo pela televisão ouvindo
o rádio. A emoção de uma narração esportiva pelo rádio é incomparável. Não as
palhaçadas, piadas sem nexo e pornografias de que algumas rádios se valem para ganhar audiência dos jovens especialmente. Falo
das que tem narradores que narram e que transmitem emoção. É isso aí.
É MUITA BOLA ROLANDO!
Os tempos
são outros, os objetivos são outros, as necessidades são outras e a bola não para de rolar. Jogos as quartas,
sábados e domingos é coisa do passado. Hoje a bola rola todos os dias, de segunda
a segunda. Será que existe alguém que tem saco para ver todos os jogos? E
porque hoje é assim? É fácil explicar. Hoje os clubes dependem das verbas destinadas
pelas empresas de televisão que compram os direitos das competições. E os canais esportivos precisam de jogos pra preencher o espaço. Com isso
você liga a televisão a cabo e assiste jogos a qualquer hora – ao vivo ou
reprise -. Lembro os anos 80 quando raramente as partidas eram mostradas ao vivo. A mídia televisiva achou o caminho pra faturar
bilhões anualmente por conta da compra de direitos e comercialização das
partidas a partir dos anos 90. Antes eram raros os jogos televisionados ao
vivo. Lembro que nos anos 70 a TV Gazeta reprisava partidas do Campeonato
Paulista aos domingos, mesmo que o jogo tivesse terminado em zero a zero.
Entendo que os jogos e as transmissões ajudam os clubes financeiramente, mas convenhamos,
tem bola demais rolando. É isso aí.
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