O goleiro é o alvo principal de críticas nos jogos de futebol. É comum chamar de frangueiro os
que são os últimos que não podem errar num jogo de futebol. Moacir Barbosa foi crucificado
pela derrota brasileira na final da Copa do Mundo de 1950. Gilmar dos Santos Neves
depois de dois títulos mundiais chegou a ser considerado “cego” para jogos
noturnos. Quem disse isso foi o famoso Mário Moraes ao microfone da Rádio
Nacional, hoje Globo de São Paulo. Lembro bem da frase dita pelo “Leão” como
era conhecido Mário Moraes: “A noite pode chutar de longe que ele (Gilmar) não
enxerga bem”. Valdir Perez e agora Rogério Ceni, campeoníssimos pelo São Paulo
FC também receberam as mais duras críticas por falhas cometidas. Ontem Rogério
Ceni errou ao rebater uma bola nos pés de Robinho que aos 48 minutos do segundo
tempo acabou marcando o gol de empate do Palmeiras no clássico. Os goleiros
falham muitas vezes por jogarem muito adiantados. Aí você ouve os narradores
dizendo que foi um golaço. Golaços pela ótica por onde a bola penetrou
posicionamento errado dos goleiros na maioria das vezes na minha ótica. Mas,
porque só se critica os goleiros quando falham? E os atacantes quando perdem
penalidades máximas ou gols incríveis. A paixão pelo futebol leva a esse estado
de análise os jogadores. Vão do céu ao inferno. Mas convenhamos à posição mais
ingrata e onde não se pode falhar é a do goleiro. É isso aí.